A soja é uma das principais comoditties exportadas pelo Brasil1. Seu plantio ocupa quase 9% da área total do brasileira. Imensos monocultivos são encontrados da região Sul até a Regiaão Norte Brasileira. Ao longo da história brasileira podemos identificar vários ciclos econômicos ligados a atividade agropecuária. Os interesses internacionais sobre o solo brasileiro, se dão e se materializam desde o tempo da colonização Portuguesa, e hoje o solo brasileiro ainda é palco de disputa dos interesses econômicos internacionais, principalmente através da exportação de comodities.
“A interdependência do modelo europeu de consumo e agrícola com as profundas mudanças do outro lado do oceano, mostradas como uma imagem no espelho. As monoculturas da soja, da cana-de-açúcar e de outras commodities para os mercados internacionais colocam – inclusive no Brasil – as relações sociais sob pressão, expulsam os povos indígenas, destroem ecossistemas. (VANKRUNKELSVEN, 2014)
O agronegócio, monocultor, apesar de gerador de altas cifras econômicas através da exportação de seus produtos, está longe de ser um modelo econômico viável a longo prazo, intensamente dependente de insumos externos como adubos químicos e defensivos agrícolas, e incapaz de distribuir essa riqueza para a população, vem ganhando área desde a década de 70 a partir da revolução verde, nas palavras de Campos (2017) O agronegócio como modelo de desenvolvimento tem sido considerado como símbolo da modernidade no campo, no entanto produz a exclusão social e expropriação dos povos do campo decorrente da concentração de terra e de renda. (CAMPOS, 2017, p. 10)
Esse modelo manifesta-se como uma das formas de colonização do solo brasileiro à favor dos interesses comerciais internacionais que se materializam na paisagem como afirma Fernandes (2008)enquanto o agronegócio organiza seu território para produção de mercadorias, o grupo de camponeses organiza seu território, primeiro, para sua existência, precisando desenvolver todas as dimensões da vida. Esta diferença se expressa na paisagem e pode ser observada nas distintas formas de organização dos dois territórios. A paisagem do território do agronegócio é homogênea, enquanto a paisagem do território camponês é heterogênea. A composição uniforme e geométrica da monocultura se caracteriza pela pouca presença de pessoas no território, porque sua área está ocupada por mercadoria, que predomina na paisagem. A mercadoria é a expressão do território do agronegócio. A diversidade dos elementos que compõem a paisagem do território camponês é caracterizada pela grande presença de pessoas no território, porque é neste e deste espaço que constroem suas existências, produzindo alimentos. Homens, mulheres, jovens, meninos e meninas, moradias, produção de mercadorias, culturas e infraestrutura social, entre outros, são os componentes da paisagem dos territórios camponeses (FERNANDES, 2008, p. 285-286)
Em busca de entender visualmente e sensitivamente o agronegócio que desde a década de 70 vem se expandindo e afim de trazer esse questionamento para o campo da visualidade e da arte e poder incitá-lo a outras pessoas, o artista fez um deslocamento de 1500km pelo interior do Estado do Paraná, registrando campos de Soja. As imagens, que posteriormente foram editadas e agrupadas, buscam construir um discurso visual sobre o agronegócio através da Soja, buscando incitar questões sobre sua amplitude e a densidade de suas significações e implicações.
COLONIZAÇÂO DO SOLO / COMODDITIES e INTERESSES INTERNACIONAIS/ AGRONEGOCIO E PAISAGEM / DISTOPIAS
A soja é uma das principais comoditties exportadas pelo Brasil1. Seu plantio ocupa quase 9% da área total do brasileira. Imensos monocultivos são encontrados da região Sul até a Regiaão Norte Brasileira. Ao longo da história brasileira podemos identificar vários ciclos econômicos ligados a atividade agropecuária. Os interesses internacionais sobre o solo brasileiro, se dão e se materializam desde o tempo da colonização Portuguesa, e hoje o solo brasileiro ainda é palco de disputa dos interesses econômicos internacionais, principalmente através da exportação de comodities.
“A interdependência do modelo europeu de consumo e agrícola com as profundas mudanças do outro lado do oceano, mostradas como uma imagem no espelho. As monoculturas da soja, da cana-de-açúcar e de outras commodities para os mercados internacionais colocam – inclusive no Brasil – as relações sociais sob pressão, expulsam os povos indígenas, destroem ecossistemas. (VANKRUNKELSVEN, 2014)
O agronegócio, monocultor, apesar de gerador de altas cifras econômicas através da exportação de seus produtos, está longe de ser um modelo econômico viável a longo prazo, intensamente dependente de insumos externos como adubos químicos e defensivos agrícolas, e incapaz de distribuir essa riqueza para a população, vem ganhando área desde a década de 70 a partir da revolução verde, nas palavras de Campos (2017) O agronegócio como modelo de desenvolvimento tem sido considerado como símbolo da modernidade no campo, no entanto produz a exclusão social e expropriação dos povos do campo decorrente da concentração de terra e de renda. (CAMPOS, 2017, p. 10)
Esse modelo manifesta-se como uma das formas de colonização do solo brasileiro à favor dos interesses comerciais internacionais que se materializam na paisagem como afirma Fernandes (2008)enquanto o agronegócio organiza seu território para produção de mercadorias, o grupo de camponeses organiza seu território, primeiro, para sua existência, precisando desenvolver todas as dimensões da vida. Esta diferença se expressa na paisagem e pode ser observada nas distintas formas de organização dos dois territórios. A paisagem do território do agronegócio é homogênea, enquanto a paisagem do território camponês é heterogênea. A composição uniforme e geométrica da monocultura se caracteriza pela pouca presença de pessoas no território, porque sua área está ocupada por mercadoria, que predomina na paisagem. A mercadoria é a expressão do território do agronegócio. A diversidade dos elementos que compõem a paisagem do território camponês é caracterizada pela grande presença de pessoas no território, porque é neste e deste espaço que constroem suas existências, produzindo alimentos. Homens, mulheres, jovens, meninos e meninas, moradias, produção de mercadorias, culturas e infraestrutura social, entre outros, são os componentes da paisagem dos territórios camponeses (FERNANDES, 2008, p. 285-286)
Em busca de entender visualmente e sensitivamente o agronegócio que desde a década de 70 vem se expandindo e afim de trazer esse questionamento para o campo da visualidade e da arte e poder incitá-lo a outras pessoas, o artista fez um deslocamento de 1500km pelo interior do Estado do Paraná, registrando campos de Soja. As imagens, que posteriormente foram editadas e agrupadas, buscam construir um discurso visual sobre o agronegócio através da Soja, buscando incitar questões sobre sua amplitude e a densidade de suas significações e implicações.
COLONIZAÇÂO DO SOLO / COMODDITIES e INTERESSES INTERNACIONAIS/ AGRONEGOCIO E PAISAGEM / DISTOPIAS